Mastite Ambiental

A mastite é uma das principais enfermidades dos bovinos leiteiros e acarreta diversos prejuízos econômicos, queda de produção de leite, aumento dos gastos com medicamentos e mão de obra, descarte de leite com resíduos de medicamentos, entre outros.  

Mas o que é Mastite? 

A mastite é definida como uma inflamação na glândula mamária, que pode ser causada por lesões traumáticas, injúrias químicas ou infecções bacterianas, sendo esta última a causa mais comum.  

A mastite é uma doença multifatorial, complexa e às vezes, silenciosa que compromete o bem-estar animal. 

Quanto à forma de manifestação a mastite pode ocorrer de forma clínica ou subclínica: 

  • Mastite clínica: os sinais são visíveis, como grumo, pus, edema, febre, alterações no aspecto e na coloração do leite; 
  • Mastite subclínica: os sinais são invisíveis e por isso requer testes complementares para detecção (California Mastitis Test – CMT e/ou Contagem de Células Somáticas – CCS individual); 

De acordo com a forma de transmissão da mastite podemos classificar como mastite contagiosa os animais que se infectam durante a ordenha e já a mastite ambiental, durante o intervalo da ordenha e o ambiente onde permanecem, estes quadros ambientais estão relacionados ao ambiente de grandes desafios, chuvas, sol, humidade, calor. O tipo de sistema de criação utilizado pode trazer benefícios para melhorar algumas destas situações ou trazer desafios diferentes. 

Atualmente existem vários sistemas de criação de bovinos leiteiros (criação à pasto, compost barn, freestall, cross ventilation, etc), cada um deles com suas particularidades e dificuldades. No sistema de produção à pasto, o grande vilão são as mastites ambientais, uma vez que a umidade e o calor favorecem a proliferação rápida de microrganismos ambientais, por exemplo os coliformes. Nos sistemas confinados, o material orgânico utilizado como cama para os animais também serve como fonte de contaminação, especialmente quando há superlotação no compost barn, com acúmulo de umidade e dejetos na superfície da cama. 

Podemos classificar por grau a mastite clínica, sendo grau 1 – leve; grau 2 – moderada e grau 3 – aguda. As mastites classificadas como grau 1, são as que observamos apenas as alterações do leite, como grumos, coloração, presença de sangue. Nas mastites de grau 2 as alterações inflamatórias mais intensas estão presentes. Temos edema do quarto mamário, vermelhidão e dor. As apresentações leve e moderada, são causadas por agentes gram positivos e gram negativos. A mastite classificada como grau 3, são causadas por agentes ambientais. Além da alteração no leite e edema de úbere, temos também a presença de sinais sistêmicos. A vaca se apresenta desidratada, anoréxica, com febre, tem depressão acentuada, prostração, decúbito finalizando com o óbito do animal.  

As mastites ambientais, os agentes têm origem no ambiente de produção, água contaminada, camas, fezes e sujidades do equipamentos de ordenha. Escherchia coli, Klebisiella pneumoniae são Gram – mais frequentes e com  quadros clínicos agudos. Streptococcus dysgalactiae e Streptococcus uberis são Gram +, com quadros mais brandos.  

As mastites ambientais, causam grande prejuízo econômico aos produtores, sendo aguda ou não, o descarte do leite e o tratamento realizado terá um custo alto.  

O que podemos esperar de um animal que já passou por uma mastite agressiva? Como este animal retornará na sua próxima lactação? São perguntas frequentes em propriedades leiteiras e assim as medidas de controle como a principal ferramenta para prevenir e melhorar estes parâmetros. 

As medidas de controle e prevenção das mastites são descritas em vários programas. Abaixo apresentamos o Programa de Sete Pontos de Controle das Mastites.  


Figura 2 – Pontos de Controle da Mastite 

O sétimo ponto, inclui as medidas de biossegurança dos sistemas de produção. O manejo da imunidade das vacas.  

A Inata Biológicos apresenta para o mercado, as vacinas autógenas para mastite. Vacinas autógenas são produzidas a partir os agentes diagnosticados no sistema de produção. São inativadas, entregando a segurança e eficácia desejadas. O desenvolvimento e produção da vacina autógena para mastite é iniciado na coleta de amostras de leite. Durante a rotina de ordenha,  a identificação dos animais com mastite clínica no teste da caneca de fundo preto. Material deve ser coletado por um técnico treinado, com as medidas de desinfecção adequadas. Amostras enviadas ao laboratório, para isolamento e identificação dos agentes. Caso necessário, testes adicionais e confirmatórios são utilizados. Agentes identificados, definição do protocolo base e formulação adequada para o seu rebanho a vacina é produzida. Animais vacinados, animais protegidos: Maior resultado.

Saiba mais em www.inata.com.br 

 

MOURA, Guilherme Silva. Mastite: o que é e como tratar. [S.L]: Milkpoint, 2015. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/empresas/novidades-parceiros/mastite-o-que-e-e-como-tratar-93155n.aspx#. Acesso em: 27 abr. 2023 

SORHAIA MORANDI COSER (Minas Gerais). Universidade Federal de Lavras. MASTITE BOVINA: CONTROLE E PREVENÇÃO. 93. ed. Lavras: Ufla, 2012. 30 p. Boletim Técnico. Disponível em: https://professormarcosaurelio.com.br/wp-content/uploads/2019/08/bt-93-Mastite-prevencao-1.pdf. Acesso em: 27 abr. 2023. 

SANTOS, Marcos Veiga. Prejuízos de longo prazo da mastite clínica causada por Escherichia coli. [S.L]: Milkpoint, 2015. Disponível em: https://www.milkpoint.com.br/colunas/marco-veiga-dos-santos/prejuizos-de-longo-prazo-da-mastite-clinica-causada-por-escherichia-coli-205758n.aspx. Acesso em: 17 mar. 2015. 

WALCHER, Ubirajara. Mastite Bovina. 2012. 22 f. TCC (Graduação) – Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal do Rio Grande Sul, Porto Alegre, 2012. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/72423/000851326.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 27 abr. 2023. 

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