Após a entrada do vírus da Influenza A (H1N1) em 2009 no Brasil, a população suína apresentou surtos de H1N1 associados a doenças respiratórias, localizados principalmente nas principais regiões de produção de suínos (sul, centro-oeste e sudeste) do Brasil (NELSON et al., 2015). As perdas econômicas em consequência do seu aparecimento nas granjas suínas têm sido relatadas em todo mundo e podem variar entre US$ 3,23 e US$ 10,23 por leitão produzido.
A doença é caracterizada por um quadro clínico respiratório agudo, acometendo grande número de suínos de várias faixas etárias, sendo considerado como o principal agente etiológico associado ao Complexo das Doenças Respiratórias dos Suínos (SCHAEFER et al., 2013).
O surgimento do vírus H1N1 é um rearranjo entre vírus suíno e aviário, e desde então, a transmissão recorrente do vírus da Influenza A de humanos para suínos, conhecidos como eventos de zoonose reversa, foram observados em todos os continentes se espalhando na população suína (SOUZA et al., 2018).
A vacinação é um ponto importante para o controle do vírus da Influenza A, porém, pela capacidade do vírus de realizar mutações pontuais e rearranjos, chamados de “drift” e “shift” antigênicos, há grandes desafios em seu uso. Quanto maior a semelhança da vacina com a cepa infecciosa a campo, melhor é a resposta imune (CARRAT et al., 2007). Por este motivo, as vacinas devem ser continuamente atualizadas e modificadas para corresponder às cepas circulantes.
A hemaglutinina é a proteína viral mais abundante presente na superfície do vírus da Influenza A, compreendendo cerca de 80% das proteínas de membrana viral e é o principal alvo para o desenvolvimento de vacinas (EVERETT et al., 2019). O uso de vacinas autógenas inativadas com cepas endêmicas para cada granja vem aumentando e pode ser uma alternativa mais eficaz comparada as vacinas comerciais (HAMISH et al., 2021). Vários protocolos vêm sendo pesquisados á fim de obter melhores resultados em sua utilização, como é o caso da vacinação das matrizes pré-parto, vacinação massal do plantel reprodutivo e vacinação dos leitões.
O uso da vacinação massal em granjas suínas nos planteis reprodutivos já foi relatado no controle de diversas doenças virais, como: doença de Aujeszky (WILLEBERG et al., 1996), Peste Suína Clássica (GREISER-WILKE e MOENNIG, 2004), Febre Aftosa (POULIN & CHRISTIANSON, 2006), Síndrome Reprodutiva e Respiratória Suína (PRRS) (GILLESPIE & CARROLL, 2003; CANO et al., 2007), Circovirose (FENG et al., 2014), e incluindo Influenza A (CORZO et al., 2012).
No caso da Influenza A, o uso do protocolo vacinal massal diminuiu a eliminação viral tanto em matrizes como em leitões lactantes.
No caso dos leitões, essa estratégia chegou a zerar o número de animais positivos para Influenza até o desmame, após o protocolo massal completo nas matrizes (CORZO et al., 2012). Esses resultados demonstram a capacidade deste protocolo em melhorar a pressão de infecção no plantel reprodutivo e, consequentemente nos leitões, reduzindo expressivamente a excreção viral e impactando positivamente as fases seguintes da produção.
O uso dessa ferramenta vem sendo amplamente utilizada nos EUA, principalmente com o uso das vacinas autógenas inativadas, que utilizam as cepas endêmicas especificas de cada granja. No Brasil, essa estratégia vem crescendo a cada dia e resultados positivos já podem ser observados com o uso da vacina autógena.
A Inata Biológicos é pioneira no uso de vacinas autógenas contra o vírus de Influenza A no Brasil, e traz a oportunidade de se realizar a imunização dos plantéis reprodutivos com o objetivo de reduzir a pressão de infecção e consequentemente diminuir a circulação de Influenza A nas granjas brasileiras.
Vacine já o plantel reprodutivo da sua granja e garanta os benefícios de um plantel imunizado e protegido para o inverno contra a Influenza.
PLANTEL MENOS SUSCEPTÍVEL, É SINÔNIMO DE MAIOR PRODUTIVIDADE E PROMOÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR AOS ANIMAIS.
Autora:
Julia Montes | Coordenadora Técnica Suínos – INATA Biológicos.